segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O QUE ACONTECEU NA ESTREBARIA?

Estive pregando neste dia 25 de dezembro sobre o que de fato aconteceu no dia do nascimento de Jesus Cristo. Passo a compartilhar com você uma pequena síntese para que possamos tirar nossas próprias conclusões e decisões sobre como encaramos o Natal que nos é proposto pela nossa sociedade.

O Dia – Sabemos que o dia 25 de dezembro foi oficialmente instituído pela igreja Católica no terceiro século d.C. como forma de tentar converter os pagãos romanos que neste dia comemoravam o nascimento do deus Sol (solstício de inverno). Alguns países comemoram no dia 7 de janeiro. Nada tem a ver com a verdadeira data do nascimento de Cristo, pois este dia é desconhecido para o cristianismo.

Papai Noel – Uma figura de São Nicolau, um arcebispo turco chamado Nicolau Taumaturgo, que costumava ajudar pessoas necessitadas, colocando sacos de moedas pelas chaminés das casas. Foi considerado santo pela igreja católica após sua morte. Seus trajes eram de bispo, mas no século XIX recebeu sua atual caracterização pela empresa Coca-Cola, inicialmente nos EUA e Canadá. Sabe-se que, na verdade, suas roupas eram verdes, desenhadas por um cartunista alemão em 1886 e posteriormente, adaptadas pela Coca-Cola.

Árvore de Natal – Inicialmente enfeitadas pelos pagãos às vésperas do dia 25 para festejar o nascimento do deus Sol. No século XVIII um monge resolveu afirmar que o formato triangular do pinheiro representava a Trindade e suas folhas resistentes à eternidade de Jesus. Assim esta prática pagã foi trazida para o cristianismo num tipo de sincretismo. Há quem afirme que ela surgiu na Alemanha com Martinho Lutero.

Presépio – É uma representação do local do nascimento de Jesus, uma espécie de gruta onde ficavam os animais (estrebaria). Nele costuma-se colocar Maria, José, o menino Jesus deitado numa manjedoura, três pastores de ovelhas e três reis Magos e alguns animais. Sabemos pela Bíblia que os Magos não estiveram na estrebaria, não eram reis e nem eram três. Eles visitaram Jesus em casa quando ele tinha quase dois anos, guiados por uma estrela.

Diante do exposto acima, pouca coisa nos resta para incorporarmos às nossas comemorações natalinas, haja vista que a maioria dos símbolos natalinos mais reportam ao paganismo do que ao cristianismo. Na verdade, o que mais simboliza este momento tão especial é a estrebaria, local sujo e mal cheiroso onde Jesus nasceu. Sabemos que ela não existe mais, nem Maria, nem José, nem os pastores, nem a manjedoura, nem os animais e nem o menino Jesus. De tudo isso, resta-nos olhar para o SENHOR JESUS, aquele que hoje quer continuar nascendo em nossos corações, verdadeiras estrebarias mal cheirosas e sujas pelo pecado.

Não penso que deveríamos deixar de comemorarmos esta data, mas fazermos de forma mais cristã possível, deixando de lado o paganismo e suas figuras, trazendo o presépio (estrebaria) como principal símbolo natalino em nossas igrejas, focando Jesus como a Luz do Mundo, aproveitando a data para ensinarmos aos pequeninos e verdadeiro sentido do Natal e a forma simples que Ele nasceu, lembrando que Seu triunfo, na verdade, aconteceu na Cruz do Calvário.

Que seja um dia especial para nós cristãos, onde festejamos a vinda do Reino de Deus à terra, dando Glória a Deus nas alturas pela paz na terra aos homens a quem Ele quer bem, amém.

Leia também as demais mensagens referentes ao Natal neste blog.

Pastor Carlos Otávio Scheidt

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

DIGA NÃO AO HALLOWEEN

As crianças e os adolescentes são o alvo predileto de Satanás, que usa as mais variadas estratégias para enredá-los: músicas, jogos, brinquedos, filmes, ensinos e até festas. Em outubro o assunto é o HALLOWEEN.O Halloween, a festa das bruxas, já invadiu o nosso país. Muitos aniversários de crianças, nesta ocasião, tem como motivo este tema. Nas lojas em geral, se encontra de tudo para a comemoração desta festa. Nas ruas, em toda parte se vê crianças fantasiadas. Nas escolas, e até escolas de confissão evangélica, as crianças e os adolescentes são levados a fazer pesquisas sobre o assunto, a título de conhecimento “folclórico”, ou, então, como pretexto pedagógico.
Mas, você sabe o significado e como tudo começou? Foi através de umalenda de origem celta que dizia que neste dia (31/10) os mortos voltariam a Terra para se apossar dos corpos vivos. Para afastar esses espíritos os moradores colocavam objetos macabros em suas portas para espantar e afastar esses mortos.
Na Europa, mais especificamente na Idade Média, esta festa foi condenada por ser considerada pagã passando a ser chamada de dia das bruxas. A inquisição foi bem rígida e quem desrespeitasse era condenado à fogueira.
Com o tempo a igreja cristianizou a festa criando o dia de Finados – comemorado no dia 02 de novembro. O intuito era diminuir ou exterminar a influencia pagã na Europa Medieval.
Interessante notar como o inferno procura diluir os conceitos e verdades de Deus nesse espírito ecumênico da religiosidade. Uma data tão importante para o Cristianismo como o dia da Reforma, 31 de outubro, precisa competir com o dia das bruxas, onde até cristãos e igrejas tem se deixado levar por esta astúcia malígna em detrimento à apologia cultural americana ou pelo cultivo de um folclore carregado do misticismo cultural.
Nós, cristãos, não participamos nem aceitamos este tipo de influência.
Ninguém, pela nossa constituição, é obrigado a participar destas comemorações, muito menos nas escolas como querem os professores. Diga não ao satanismo, diga não ao que surge para desafiar o cristianismo e a nossa fé. Fique longe desta festa malígna.

Pastor Carlos Otávio Scheidt

quinta-feira, 31 de março de 2011

ÚNICA POSSIBILIDADE

Interessante notar que, em muitas situações na vida, procuramos uma série de possibilidades para realizarmos algum feito ou andarmos por certo caminho. Bom quando as situações nos permitem isso, mas na vida de fé, essas possibilidades estão restritas à palavra de Deus.

A palavra de Deus nos aponta para um Deus pessoal cujo caráter imutável revela ao homem um amor incondicional que é a sua própria natureza. Todas as vezes que assumimos posicionamentos mutantes, corremos o risco de criar um novo deus, cuja natureza se assemelha à nossa.

Tempos a trás, quando questionado sobre com quem Caim teria se casado, respondi que foi com uma de suas irmãs. A princípio, quando fazemos uma afirmação dessa natureza, uma fumaça nebulosa passa a invadir nossa teologia, pois afinal de contas tal afirmativa é conclusiva e não se apóia em afirmativas bíblicas.

Já vi muitos trazerem várias possibilidades sobre este assunto, dando margens para o aparecimento de uma teologia contrária a palavra de Deus. Existem teorias que, quando colocadas como possibilidades, mudam o caráter de Deus e a sua própria pré-existência.

Se Caim não casou com uma de suas irmãs, colocamos essa fumaça nebulosa sobre toda a manifestação do Criador sobre a vida do homem e sua palavra deixa de ser verdadeira em toda a sua essência.

Questionar a palavra do Criador em virtude das relevantes mudanças sociais e comportamentais, ou tentar entendê-la com a própria razão humana como se Deus também o fosse, afasta o homem de sua essência e o impede de viver para aquilo pelo qual foi criado: Louvor da Glória de Deus.

Pastor Carlos Otávio Scheidt

sábado, 29 de janeiro de 2011

BIG BROTHER BRASIL

BIG BROTHER BRASIL
(Luiz Fernando Veríssimo)
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ler a Bíblia, orar, meditar, passear com os filhos, ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
Um abismo chama outro abismo.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Evangelizando Crianças e Adolescentes

Não foi fácil para mim, depois de longos anos de pastorado, perceber o quanto nossas igrejas tratam as crianças e adolescentes como a igreja do amanhã. Nós pastores desenvolvemos um pastorado para os adultos e acabamos ignorando um fato importantíssimo ocorrido na vida de Cristo e em suas palavras citadas em Mc 10:13-16. ”Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o Reino dos Céus”. Esta expressão é tremenda para definirmos nosso perfil de culto infantil e escola bíblica dominical.
Ao desenvolvermos uma igreja para adultos, excluímos da graça de Deus os mais novos como se eles não fossem importantes, ou como se fossem um problema para o bom andamento das atividades principais da igreja. Os maiores investimentos são feitos para os adultos, os cultos e as pregações são direcionadas para os adultos e as atenções são focadas nos adultos.Durante meu ministério como evangelista, fui privilegiado por Deus em conhecer inúmeras cidades brasileiras e estar em diversas igrejas e denominações. Posso dizer que, nesta diversidade de cultura e confissão de fé, já pude viver experiências que me fizeram reavaliar meu pastorado e postura frente à vocação que Deus me deu. Culto infantil realizado embaixo de escadarias, corredores de acesso aos banheiros ou salas sem portas e janelas com telhados quebrados. Igrejas bem equipadas e departamento infantil deteriorado. Tesouras que não cortam, lápis que não pintam e papéis reaproveitados.
A expressão de Jesus em dizer: “não as embaraceis...” denota o grau de envolvimento que as crianças e adolescentes precisam ter na casa do Senhor. Elas não são a igreja do amanhã. Elas são a igreja de hoje, por isso precisam ser valorizadas, amadas, respeitadas e amplamente amparadas com o melhor que podemos oferecer. Cultos atraentes, materiais duráveis, técnicas contextualizadas e pessoas capacitadas certamente oferecerão um ambiente prazeroso para o nosso público alvo e, consequentemente, não precisaremos evangelizar os adultos do amanhã, se agora olharmos para as crianças e adolescentes com os olhos de Cristo.
Que Deus nos abençoe, amém!

Pr Carlos Otávio Scheidt