Voltando à Manjedoura

Luzes, muitas luzes, pessoas correndo, presentes, festas, cartões, chocolates, e até um velhinho de barba branca vestido com roupas vermelhas distribui balas pelas ruas, aumentando o brilho nos olhos das crianças, que andam atrás das vitrines coloridas. Será este o Natal de Deus?

Pintura nas casas, reformas, faxinas, presépios, pisca-pisca, ceia, bebidas. Será este o Natal de Deus?

Ano após ano e tudo se repete num grande clima de fantasia. Será este o Natal de Deus?

Lembro das palavras dos reis magos. Viemos para adorá-lo (Mt 2:2b). Herodes também diz o mesmo, mas sua adoração era falsa. Ele tinha outros interesses para conhecer o menino. Queria matá-lo.

As luzes continuam piscando. O que os magos fazem na estrebaria e por que três? Li os evangelhos, descobri que é mentira. Os magos foram na casa do menino e não diz que eram três. Mas que presépios limpinhos e bonitinhos. Será que as estrebarias de Belém eram diferentes das de hoje? Visitei algumas por aqui. São sujas e mal cheirosas. E o velhinho de barba branca, por que não está no presépio? Também não está nos evangelhos.

Mas, afinal de contas, o que sobrou do que contém os evangelhos? Onde está o menino, Maria, José, os magos e os pastores, a manjedoura, as palhas... e a estrela do oriente? Será que vai passar hoje?

Algo lá em cima parece olhar para mim. Estaria olhando meu natal, minhas festas, meus presentes, meus cartões, meus...

Parece que olha para dentro de mim. É como se quisesse fazer acontecer o natal em minha vida. Mas qual? O dos homens ou o dEle? Continuo olhando para cima. Alguém lá em cima continua me olhando. Não é um olhar de menino, mas de homem. Começo a sentir o cheiro de estrebaria. É a minha vida. Começo a pensar no dia 26 de dezembro. Tudo vai voltar como antes. São as lágrimas de uma vida vazia. Meu coração toma forma de manjedoura. Acho que estou entendendo. Ele quer nascer no meu coração, que não passa de uma estrebaria suja e mal cheirosa. Será este o sentido do natal? Será este o natal de Deus?

Meu amigo, não deixe que estas palavras passem vazias por você. Jesus quer nascer como filho de Deus, Salvador e Senhor em sua vida. Abra o seu coração e deixe Cristo entrar, dando a você a vida eterna com Deus, a salvação de sua alma.

“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” Apocalipse 3:20

“Deixa Jesus encher tua vida com Seu espírito e Seu amor, encher teu coração de gozo e louvor.

Deixa Jesus cuidar das coisas que te fazem infeliz, e andarás do modo como a bíblia diz.”

Pr. Carlos Otávio Scheidt

Matei o Papai Noel!

Morte é separação. Quando alguém morre, ele se separa do corpo, do mundo físico e das pessoas. Quando Adão pecou, ficou impossibilitado de se relacionar com Deus, pois o pecado fez essa separação entre Deus e os homens. Por isso Deus falou que se comesse do fruto, morreria.

A segunda morte é a separação definitiva de Deus e a impossibilidade total de reconciliação com Ele.

Nesta compreensão se separação, resolvi firmemente, já há alguns anos, tirar o Papai Noel de nosso Natal. Literalmente o separamos de nós, depois de compreendermos como nos desviamos do sentido bíblico e real das doutrinas fundamentais do evangelho.

Noel nada tem com o Evangelho e consegue roubar a cena do nascimento de Cristo, fazendo com que muitas crianças nem saibam que Natal é a comemoração do nascimento do Senhor. É um dia em que nos voltamos a Deus em gratidão pela vinda de Jesus ao mundo para trazer o Reino até nós.

Não quero dividir este momento tão especial com esse barbicha que só sabe enganar as crianças com suas mentiras e fantasias, tomando o lugar de Cristo na vida das crianças e de cada um de nós.

Matei o “bom velhinho”, tirando-o de nossas vidas e de nossos filhos. Matei-o na igreja também!!!

Quero um Natal com Cristo, vivo, ressurreto, exaltado e glorificado, que continua nascendo, não mais em estrebaria, mas no coração das pessoas.

Quero um Natal com Cristo, homem, Filho de Deus que tem poder para salvar e transformar nossas vidas, nascendo como homem na vida de todos.

Matei o Papai Noel para Cristo continue vivo e exaltado em nossas vidas.

Alguém ajuda com uma colher de cal?

Natal e Caridade

Como passou rápido? O ano passou voando... Já é Natal!!!

Frases como estas ouvimos constantemente nos meados do mês de novembro. As lojas começam suas decorações e promoções para atrair nosso bolso, pois na verdade, não estão interessadas em nós, mas sim no que poderemos gastar com seus produtos.

Por outro lado, vemos grupos organizados, senhoras caridosas, igrejas comovidas e Ongs discursando sobre o amor ao próximo. Destas surgem as campanhas de final de ano para a distribuição de cestas de natal para famílias sofridas, arrecadação de brinquedos para crianças carentes, e, o mais impressionante de tudo, há uma supervalirização dos problemas sociais que, como suor na flor da pele, externam grande sensibilidade pelas dificuldades alheias.

Gosto destes dias., pois trazem movimentos, alegrias, as pessoas parecem mais bonitas, as músicas, o clima, tudo parece trazer leveza e descontração. Que bom, pois o Natal está no ar!!!

Fico pensando nesta expressão: “Está no ar”. E depois do natal, o que entra no ar? Sei, ano novo... Mas, e depois? Ah! Carnaval... depois Páscoa, dia das mães e assim por diante. Opa, mas e a caridade, o amor, a sensibilidade pelas vidas alheias, tudo isso continua?

Se tudo isso “está no ar”, elas vão ser inspiradas e depois devolvidas, como o ar que entra pelos pulmões. Precisa ter oxigênio, pois é ele que entra e fica para a manutenção da vida, certo? Então qual seria o “grande oxigênio” que seria capaz de manter a vida na sociedade cada vez que alguma data especial entrasse no ar?

A vida sem Deus é como um simples ar que entra e sai pelos pulmões, parecendo que nada fica lá dentro. Jesus pode ser este oxigênio que entra e vai pelo sangue trazendo vida por onde quer que passe. É o que faz a manutenção da vida. É o que traz cura, libertação, transformação genuína e salvação.

Neste Natal procure praticar ainda mais as coisas duradouras, eternas, que podem ficar no seu coração por toda a eternidade.

Feliz Natal...

Pr Carlos Otávio e Caroline Scheidt

AS DUAS FACES DO SALMO 91

Ontem, dia 7 de novembro, preguei sobre o Salmo 91, enfatizando inicialmente os níveis de relacionamentos que costumamos ter com as pessoas.
Interessante notar quão diferentes níveis mantemos com as pessoas sem, muitas vezes, perceber que fazemos uma seleção com as pessoas que queremos ter um relacionamento mais profundo.
Interessante também notar que, nestes níveis, colhemos tudo o que plantamos. Se mantermos um relacionamento formal à distância, as pessoas também o fazem conosco, e quando buscamos um relacionamento mais profundo e íntimo, acabamos recebendo de volta este acolhimento.
Relacionando este fato com as palavras do Salmo 91, percebemos como as pessoas se utilizam destas palavras indevidamente. Já vi em muitos lares, a Bíblia aberta neste Salmo, ou então, em escritórios comerciais, onde a Bíblia aberta no Salmo indica uma busca pela proteção divina ou prosperidade. Para muitos, a palavra escrita tem poder para intervir no curso de sua vida. As famosas correntes da internet enviadas indiscriminadamente pelos e-mails constatam essa busca que o ser humano tem pela proteção sobrenatural.
A própria Bíblia afirma que a letra em si, MATA, mas o Espírito VIVIFICA. O Espírito de Deus tem a capacidade de transformar a palavra escrita em manifestação sobrenatural de Deus, mas é preciso haver uma interação do homem com essa palavra mediante a fé (crer que de fato acontecerá, mesmo sendo impossível ou inexistente).
O Salmo 91, quando simplesmente aberto em algum lugar, é simplesmente um conjunto de palavras mortas, mas quando alguém passa a crer nelas, elas se transformação num poderoso mover de Deus, trazendo à realização, fatores que anteriormente inexistiam ou estavam impossibilitados de acontecer.
Mas o mais me chamou a atenção foi o fato de que em nenhum lugar deste Salmo o autor insinua que aquelas palavras devem ser buscadas. Isso, eu sei, contrasta muito com aquilo que muitas vezes ensinamos em nossas igrejas, mas é uma realidade que precisa ser observada. Todas aquelas promessas são apresentadas como uma REALIDADE para aqueles que habitam no ESCONDERIJO DO ALTÍSSIMO. Para todos aqueles que vivem um nível de relacionamento íntimo e profundo com o Senhor. Não são promessas para serem reivindicadas, mas para serem vividas como parte NATURAL deste relacionamento com o Espírito de Deus.
Depois de pregar sobre este assunto, começamos a orar e glorificar ao nome daquele que nos chamou para a sua morada, e uma unção invadiu a igreja como uma onda do mar que sobe pela areia. Primeiro tivemos uma presença de cura e restauração, depois uma unção profética muito carinhosa do Senhor para com a Igreja. Nos sentimos acolhidos em Seu esconderijo. Foi tremendo.